Instrumentos lógicos do pensamento - conceito, juízo e raciocínio.

O conceito é a unidade mínima do pensamento.
Conceitos são ideias; são exemplos, a ideia que temos da realidade "mesa", "cão", entre outras. Quando alguém diz a palavra "mesa", nós sabemos a que realidade a pessoa se está a referir, porque temos a ideia da mesma, não é necessário que ela nos apresente uma. O mesmo acontece com "cão". Temos o mundo inteiro “feito” conceitos na nossa cabeça.
O conceito forma-se através de um processo de abstracção. A partir da observação de muito objectos, reúno apenas as características comuns a um deles (por exemplo a mesa), como ter tampo e pernas.
Assim, quando vir uma qualquer mesa que nunca tenha visto, vai-me ser possível identifica-la como tal. Na linguagem, o conceito transverte-se em termo.
Quando estabeleço mentalmente uma relação entre dois ou mais conceitos, obtenho um juízo: é uma operação em que a um conceito, que é sujeito, eu atribuo um outro conceito, que é predicado, através de um verbo que vai ligar os conceitos. Por exemplo: "Esta pintura é bela." Na linguagem, o juízo transforma-se em proposição (frase).
Finalmente, temos o raciocínio. A partir da relação entre dois ou mais juízos, obtém-se um novo, que se infere dos primeiros. Um raciocínio consiste pois em juízos logicamente encadeados e, pela relação que estabelecem entre si, permitem-nos obter um juízo novo. Na lógica clássica diz-se que a partir de proposições conhecidas (premissas) se obtém uma conclusão. Ao raciocínio corresponde, na linguagem, o discurso (argumento).
F.Lopes